"São 3 horas da manhã, você me chama pra falar coisas que só a gente entende. E com seu papo poesia me transcende..."

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Gente

A gente muda com os amigos, com o namorado, com a família, com desconhecidos, com o tempo.
A gente simplesmente pensa em outros assuntos, troca de roupa, dá aquele sapato velho e surrado.
Revê ideias, tira o acento antiquado, se adapta e anda.

A gente recria um blog, rasga a página de um caderno e escreve de novo.
Deixa de toma soda e descobre que geléia é uma delícia.
Descobre sentimentos, encontra respostas e se depara com mais perguntas.

A gente apenas vive... Dia após dia. 
E isso já é muita coisa.


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À partir de hoje, um 3 da manhã de cara e alma nova.
Com mais crônicas, nada poucas, outras. 



Da culpa à redenção

Atrasada, dia chuvoso. Situação perfeita para se pedir um táxi. Era o que ela pensava enquanto fechava a porta de casa.

Desceu um lance de escadas, encontrou com a irmã chegando de um curso e nem parou direito. Estava com pressa, muita pressa! Saiu correndo, abriu o portão da rua e... bingo! De longe já avistou um táxi vindo. E vazio! “Tô começando o dia com sorte!”.

Ela então faz sinal com aquele sorriso de vitoriosa no rosto. E o táxi... passa batido! “Que cara mal-educado! Deve ser rico para não precisar de passageiro”, foi a primeira conclusão. “Ih! Não era táxi!”, foi a segunda conclusão brilhante do dia, acompanhada de leves risos. “Caceta! Por que uma pessoa compra um carro de cor amarelo-táxi!”, foi a terceira. “É... Ele deve negar passageiro o dia inteiro. Coitado...”.

No dia seguinte ela resolve comprar os óculos, finalmente.