Atrasada, dia chuvoso. Situação perfeita para se pedir um táxi. Era o que ela pensava enquanto fechava a porta de casa.
Desceu um lance de escadas, encontrou com a irmã chegando de um curso e nem parou direito. Estava com pressa, muita pressa! Saiu correndo, abriu o portão da rua e... bingo! De longe já avistou um táxi vindo. E vazio! “Tô começando o dia com sorte!”.
Ela então faz sinal com aquele sorriso de vitoriosa no rosto. E o táxi... passa batido! “Que cara mal-educado! Deve ser rico para não precisar de passageiro”, foi a primeira conclusão. “Ih! Não era táxi!”, foi a segunda conclusão brilhante do dia, acompanhada de leves risos. “Caceta! Por que uma pessoa compra um carro de cor amarelo-táxi!”, foi a terceira. “É... Ele deve negar passageiro o dia inteiro. Coitado...”.
No dia seguinte ela resolve comprar os óculos, finalmente.
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