"São 3 horas da manhã, você me chama pra falar coisas que só a gente entende. E com seu papo poesia me transcende..."

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Parando o trânsito

Hoje eu não saí nada esculhambada. Muito pelo contrário. Ok, também não era nenhuma Gisele Bundchen, eu tenho noção da realidade e espelho em casa. Agora, eu até estava bonitona, tá?? Cada um dentro dos seus limites, oras... ;o)

Enfim, o caso é que dessa vez eu estava atrasada (isso, de novo!), mas pouco me importando. E foi essa falta de preocupação com o resto das coisas que me permitiu me arrumar com calma e caprichar no visual. Sem nenhum motivo especial. Quer dizer, o motivo especial era eu.

Sabe aqueles momentos em que você liga o botão do f...? Que o mundo pode explodir do outro lado, que você vai estar tomando um chopp com as pernas cruzadas? Você só quer saber de você e dos seus pensamentos (não que isso seja pouca coisa). Reflexões, perguntas e sentimentos embaralhados precisando de ordem. Bom, de vez em quando fazer isso é necessário. Só não sei se o lugar mais ideal para fazer isso é no meio da rua.

A pessoa quando está de cabeça cheia devia ser proibida de andar por aí, assim, impunemente, sabia? Tudo perde importância: os carros, o sinal, as bicicletas, as pessoas...Você fica a mercê desses "detalhes". Tempo de morrer atropelada ou cair em um buraco. Viu que eu corri um sério risco de vida, né? Ainda bem que eu não estava escutando música. Aí tinha ferrado de vez.

O fato é que eu estava tão longe com as minhas idéias que eu nem percebi que o carro que virava a esquina parou para eu passar. Continuei parada esperando ele ir. E o cara insistindo. Buzinou, fez sinal, não fez a curva enquanto eu não acordei pra vida e atravessei. E isso demorou! Vai por mim. Tá, eu só acordei pra vida mesmo porque o carro que estava atrás dele começou a buzinar freneticamente. Mas que pressa...

Vou te dizer... Ser cavalheiro nesses dias de hoje tem seu preço, viu... Eu nem olhei, não. Mas no mínimo, no carro de trás estava uma mulher.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Beleza Rara

Acordo no susto. O horário? 10h. A minha unha estava marcada para às 9h. Atrasada, muito atrasada. Ligo para o salão, peço mil desculpas e garanto: em 3 minutos estaria lá.

Pego o primeiro short pela frente, blusa ferrada e uma sandália mais ferrada ainda. É incrível... Quando estou atrasada todas as roupas boas somem da minha vista. Mas ok, eu não podia perder tempo. Escovo os dentes, dou uma olhada de lado no espelho, ajeito o cabelo, mas sem muito esforço (não há nada que se pudesse fazer para consertar a juba naquela altura do campeonato. Isso, juba. Eu tinha acabado de acordar, esqueceu?).

Faço um leite, sem esquentar lógico! Frio mesmo! Sem muitas delongas. Quer dizer, eu não faço um leite. No máximo, eu misturo o leite com o chocolate em pó. Beleza. Chave no bolso, celular e dinheiro no outro. Rua.

Saio esbaforida, atropelando carros e ultrapassando pedestres. Em um momento quase um tombo. Então diminuo o ritmo, só para me recompor do susto. Quando então perdida, não nos meus pensamentos, mas nos meus passos eu escuto um assovio. Olho para o lado e um homem com cara de malandro solta um “linda”... Sério, fiquei completamente sem reação. E ele, com certeza, diante da minha falta de revolta deve ter pensado: "Há! Ganhei a moça".

É... A cegueira masculina, às vezes, é algo comovente...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A Dona da Rua

O que se pode esperar de um carro parado na rua? Bom, depende do ponto de vista de quem analisa a situação. Para Dona Maria, um automóvel estacionado em sua rua (que é sem saída, diga-se de passagem), com placa de Niterói, e o adesivo “Proibida a circulação”, no mínimo, é algo suspeito. Até porque ela mora no interior de Minas Gerais. Como assim um carro de Niterói?

Antes de tudo, vale falar sobre Dona Maria. No auge dos seus 53 anos, ela é uma cinqüentona enxuta. Aquela “nova geração” que chega aos 50 como se estivesse começando a vida. Com pique para fazer um pouco de tudo: ginástica, trabalho, ponto cruz, bijouterias, cuidar dos filhos, do marido, da casa, do periquito, do papagaio e por aí vai. Mulher danada, essa! É o exemplo real de como a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado com o decorrer dos anos. O que ninguém sabe, no entanto (e que está sendo revelado neste exato momento), é que ela, além dos seus afazeres rotineiros, ainda tem tempo para combater a violência e o crime em sua cidade. Sim, meu amigo... Ela é uma dessas justiceiras da modernidade. Vide “As Panteras”. Ok, elas são mais novas e dão saltos mortais. Dona Maria teria problemas sérios com a coluna se arriscasse um pulinho daqueles! Mas ela faz a sua parte. Tudo bem que lá em Cachoeirinha de Ypioca não acontece muita coisa, mas mesmo assim ela tem fé (Dona Maria preza pela religião apesar de não ser nenhuma beata). Isso mesmo: fé de que um dia conseguirá prender alguém da estirpe do “Bandido da Luz Vermelha”. Com direito a virar filme para a posteridade! Dona Maria pensa grande! Tá pensando o quê? Osama Bin Laden, não. De bomba ela tem medo e acha esse terrorismo muito evoluído para a sua cabeça. Enfim, esta é Dona Maria. Voltemos ao caso do carro parado na rua sem saída.

Sua primeira providência foi descer do alto de seu 7º andar para anotar a placa do veículo. E veja só, que coincidência! O porteiro do prédio do lado estava justamente... na portaria! Perfeito! Lógico que ela iria aproveitar a oportunidade para perguntar: “é visita de alguém daí?”. Afinal, pelo seu elevador o motorista do carro não tinha passado. Poderia ter ido para o elevador do outro. Assim, o caso estaria resolvido sem muitos esforços. No entanto, não era amigo, parente ou conhecido do vizinho do lado direito. Infelizmente. A única coisa que o porteiro soube dizer foi: “Era um cara alto. Saiu do carro e o abandonou. Não voltou mais”. Suspeito... Aliás, suspeitíssimo! Foi logo o primeiro pensamento de Dona Maria.

Mais que depressa, ela então voltou para seu apartamento e recrutou a filha mais nova. Missão: checar a placa no Detran. E rápido! Antes que o homem voltasse e fugisse com o carro. Fugisse? Mas de quem? Ela não sabia. Só tinha a certeza de que seu faro não a enganava. O dado precisava ser verificado. A filha não entendeu muito bem a necessidade da mãe de descobrir quem era o dono do carro, mas resolveu acatar a ordem. Era filha, né? Tem hora que é perda de tempo tentar discutir. Ainda mais com um superior imediato de tal patente! Enquanto isso, Dona Maria, na varanda, ficou à espreita da cena do crime. Crime? Estava com o telefone na mão, pronta para ligar para a polícia após o “ok” da menina.

Espera, espera e... nada! “Computador lento”, pensa ela. Espera, espera e... nada! Resolve então ligar para seu marido, que já devia ter chegado em casa. “Amor, cuidado ao entrar na rua. Olhe bem para o rosto das pessoas. A gente nunca sabe quando será necessário fazer um retrato-falado. E se proteja, viu?”. Ele também não entendeu o porquê daquela recomendação, mas decidiu não insistir no fato. “Tudo bem, tudo bem...”. Sabe como é, “na saúde e na doença, na alegria, na tristeza e na doidera até que a morte os separe!”.

E Dona Maria lá: estática na varanda, com a cortina um pouco na cara para também não ficar muito a vista do suspeito. Ela sabia se proteger! Espera, espera e... “Mãe!”, grita a garota. Os olhos de Dona Maria não podiam acreditar. Era chegado o grande momento. Telefone ligado e dedos a postos, pronto para discarem os números. “Fale, minha filha! O que você descobriu?”, responde ela da varanda. Silêncio... Silêncio... “Ei! Me ouviu?”, berra ela mais alto. “Minha filha anda meio surda. Não é possível”, pensa ela. Silêncio... Silêncio... “Tá limpo, mãe! Tá limpo!”, responde a menina para a frustração da mãe.

Dona Maria então desliga o telefone ainda incrédula. Não se move. Está decepcionada e seu rosto mostra isso. “Dessa vez, ele escapou!”, pensa. Fica parada durante alguns minutos tentando acreditar na inocência do sujeito. Refletindo sobre o acontecido e outras estratégias para o caso. “Ainda pego esse cara!”, diz para si mesma com o punho cerrado em um gesto de justiça. Nas novelas, os mocinhos sempre fazem isso. Já viu? Se você nunca viu, azar o seu! Dona Maria viu! O fato é que ela resolve, por fim, partir para sua cadeira favorita. Pega o pano azul, que estava jogado no chão, a agulha com linha branca, que estava presa em sua blusa, e retoma seu bordado. Até que o crime a faça voltar às ruas (ou à varanda), novamente.

Aguardem! Em breve: Novas aventuras de Dona Maria.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Coisas da modernidade

Descobri que meu Word é fino. Aquele tipo de programa que tem classe, sabe? Acho até que é mais educado que a própria dona. Não é que outro dia eu tentei xingar e ele não deixou?

Com toda delicadeza, grifou o verbo de verde e recomendou a troca. Fez a sugestão pausadamente e pediu baixinho, sem alterar as letras. Um gentleman ou, melhor, um gentlemachine! Nada de caps lock! A recomendação? Em vez de xingar, “fale mal”.

Fui pega tão de surpresa que fiquei com vergonha e desisti do palavrão.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Nome do Blog - A Saga

1º CAPÍTULO
21h55 (Brasil) /17h55 (EUA)

(Conversa pelo MSN)


- Título?
- Até tem, mas não sei se gosto. Com o tempo comecei a achar que não era bom... rs
- Tem endereço?
- Ahã...
- Só pra ter certeza... o blog não vai ter nenhum assunto especial, né?
- Não... Idéias e comentários da minha cabeça, no geral.
- E o título era...
- Janelas, Portas e Quintas.
- É rural demais!
- Ah! Nem é... Rural é você! Ó: meu “quintal” – meu mundo interior. “Janelas” – o que vejo na casa(vida) dos outros. “Portas” – as pessoas que têm acesso a isso. A poesia justifica, vai... rsrs
- Se tirar o “quintais” e colocar varanda até vai. Só que o nome vai ficar grande! Posso começar meu brainstorming?
- Pois é... Acho que eu não gosto porque é grande...
- forçanaperuca.com.br
- Caraca, não vai sair nada que presta desse seu brainstorming. Isso sim... Pô, eu já pensei em milhões de coisas! Tudo já foi registrado!
- onomequerestou.com.br
- Tá difícil, hein? Quer ajudar ou atrapalhar?
- Diário?
- Já passei dos 15.
- Bíblia?
- Não cheguei aos 50. Vem cá, você tem certeza que sabe do que eu to falando?
- Duvido que tenha esse nome registrado.
- Eu queria “Ctrl V”, mas até isso existe. Você acredita?
- É maneiro! VVV!
- Combinava direitinho com o conceito da coisa... Será que escrevendo o control tem?
- Vanessa Vendo em Volta
- Você definitivamente tá surtando! Nem adiantou ignorar o VVV que você continuou!
- bonequinhadeluxodaestrela
- Vou começar é a TE ignorar...
- Péra! Já falo com você! Chegou trabalho aqui!
- Precisa ser o blogspot? Vou desistir desse troço.
- Tem o wordpress, mas eu não sei mexer no design dele.
- Tá, tá, ta... Vai trabalhar, vai!
- É rápido!

0h30 (Brasil)/ 20h30 (EUA)


- Ai, isso é foda! Tô quase mandando um e-mail pro cara pra ele acabar com o blog dele. Tá parado desde 2001!
- Tá falando de qual?
- Do “Control V”.
- Humm... Vai dando idéia que tá enrolado aqui no trabalho ainda!
- Ah! Tô arrumando meu quarto... Só consigo pensar em roupas, bagunça, retalhos...
- Retalhos é bom!
- Fala sério!
- Tô falando!
- Ok, mas não está disponível. Acabei de ver.
- Putz, quase 21h e eu aqui trabalhando!
- Vai embora, anda!
- Tô indo... Mas e o nome?
- Depois a gente conversa, garoto...
- Tô cheio de trabalho agora. Complicou de ir embora mesmo!
- Força na peruca!
- Já sugeri esse nome. ;o)

2º CAPÍTULO

1h (Brasil)/ 21h (EUA)

- Pronto, acabei!
- Vai embora, ow!
- Resolvi olhar um documento... E o nome?
- Olha, não vou ser desculpa pra você passar da hora assim. Olha esse documento amanhã de manhã.
- Você devia era estar pensando em um nome!
- Ai, eu não sei o que se parece comigo! E a cabeça hoje tá mais filosofando do que definindo algo.
- Vanessa.com.br ahahaha
- Muito criativo...
- E o Control V?
- Acho que não vou mandar o e-mail pra ele, não. Esse cara vai tentar tirar dinheiro da minha pessoa. Aposto! “Show me the money!” Mundo capitalista demais e sem sentimento... Já tô desistindo desse nome...
- Começou o drama... rs Ó, vou embora agora e penso no caminho pra casa.
- Anda, vai...
- Beijos!
- Bjokas.
- Ah! E pensa como você vai querer o visual!
- Só depois do nome. Tudo tem um conceito. Aprendi isso na faculdade...
- “Ê lerê” já tem?
- Hahahaha
- Pô, confere se esse tem porque é a sua cara!
- Huummm... vou ver...
- Acho que agora vai!
- Putz... tem!!!! Vou desistir da vida... Quem mais usa essa expressão pra querer colocar como nome de blog? Caceta...
- Pqp. Tá de sacanagem...
- Antes tivesse!
- Bom, depois dessa eu vou mesmo! Beijos!

3h20 (Brasil) / 11h20 (EUA)


- Ah não...
- O quê?
- Acordada?
- Pior que tô... Mas já vou dormir.
- Alguma idéia?
- Pô, arrumei meu quarto e fiquei horas lendo a menina do “Ê lerê”. Mas fiquei muito tempo mesmo! Ela escreve umas coisas legais, sabia? Só que eu comecei a ficar assustada e resolvi ler outras coisas pra distrair. Ela se parece demais comigo! Pra você ter uma noção: adora pão de queijo, ri um bocado e é freqüentadora da Casa da Matriz! Ah não... Pior! É mineira!!
- Hahahahaha
- Começou a rolar um conflito de identidades! É sério! Será que existem vários “eus” meus por aí? Sei lá, clones feitos na hora do nascimento, almas com a mesma sintonia, ETs, irmã gêmea... Dá pra surtar um!
- Então pode ir parando com essas teorias da conspiração.
- Só mais uma coisa: ela diz que criou a interjeição “Ê LERÊ”! CARA-DE-PAU!
- É... Isso é mais grave!
- Dá vontade até de processar essa garota!
- Querendo tirar dinheiro da situação, é? Olha o capitalismo aí...
- Tá bom, vai. Parei. Mas que é revoltante é!
- Despejo de Idéias.
- O que é isso?
- O nome pro blog, garota!
- Ah sim... Despejo é uma palavra feia.
- Eu sei. Por isso mesmo!rsrs
- Eita! É assim que gosta de mim?
- Dá um ar irreverente!
- Não gosto, não.
- Caixinha de Sabão! Pronto! Perfeito!
- Tá, tá ,eu sou perfumada mesmo.
- Hahahaha Pô, eu não sei a razão, mas é um belo nome! Feito! Caixinha de Sabão.
- Coisa mais sem nexo.
- Nexo é a única coisa que você precisa em um nome. Ele tem é que ser fácil de ser lembrado.
- Ah, mas tem que ter a ver, né?
- Tem? Ah, é um bom nome!
- Você ta querendo me convencer porque não pensou em nada legal. Caixinha de sabão. Ok, sonoro. Mas logo em seguida eu penso em Omo Dupla Ação!
- Hahaha Vê se ta disponível.
- Já vi... rs
- E tá?
- Quem vai querer um blog do Omo????
- ;o)
- Pílula Falante é ruim, né? Lembrei da Emília do Monteiro Lobato.
- Gosto não.
- Nem eu, mas o conceito é bom!
- Torresmo.
- Hahahaha Não!
- Terapia Ocupacional!
- Eu peço palavras que você associa à minha pessoa e você diz terapia??? Aff...
- Ué! Vai dizer que blog não é pra isso? E outra, pra quem ler também vai servir.
- Muita pretensão. O leonino aqui é você.
- Paraguaia.com.br
- Dando força para o apelido?
- Hehehe Eu ainda fico com a Caixinha!
- Ai, lá vem você e esse sabão...

3º CAPÍTULO

4h05 (Brasil)/ 0h05 (EUA)

- Eu tô pensando em comida. Acho que é a fome! Pão de queijo, Cravo e Canela, Mamão com Açúcar, Pipoca, Doce de Leite...

- Depois fala dos meus nomes...
- Ai, vou dormir. Você não me ajuda. Aqui já passou das 4h!
- Como assim não ajudo? Caixinha de Sabão é o melhor!
- Já virou um monte de bolhas esse seu Omo Dupla Ação!
- perdidadeassunto.com.br
- Caraca! 4 da manhã já está registrado, você acredita? Nem a hora eles respeitam mais!
- Que “eles”, menina?
- Os outros! Um bando de fantasminhas que só serve pra atrapalhar a minha vida. Esse aqui postou uma merdica em 2005 e pronto! Mais nada! È finito!
- Peraí! E caixinha de sabão? Tem?
- Não!!!! O seu Omo tá liberado...
- Ahhh tá... ;o)
- Blégh pra você!
- Criatura de Espuma.
- Você cismou com a limpeza, hein? Isso é falta de banho ou tá me mandando tomar banho?
- Sei lá de onde eu tirei esse nome. Mas é engraçado, admita... Agora, você pegou num ponto interessante. Às vezes, tem um significado implícito mesmo e eu não sei... rs
- Pra mim, eram os franceses que não tomavam banho. Não os americanos... ;o)
- Hunf!
- Caramba! Até flor amarela tem!
- Chocolate Mentolado.
- Depois fala das minhas comidas... rs
- Pipoca no Dente!
- Ah não... Isso não dá, né?
- Hahahaha Por quê?
- Nem te respondo... rsrsrs
- Que mania de nome bom! O importante é o nome ser grudento!
- 3 da manhã tem!!!!
- E 5?
- Também.
- Os dois são bons.
- Ah, mas 5 já é de manhã! E eu penso melhor de madrugada... por volta das 3 da manhã!
- Eu também gosto! Tem a ver com você mesmo! Registra logo, anda! Depois você decide se fica com ele!
- Agora, pena que eu pensei no “3 da manhã” às “4 da manhã”.
- Aqui ainda são 0h10.
- Meia-noite e dez não é legal!
- Já registrou?
- Pára de me pressionar! Tô indo...
- Já sei! Faz o blog e coloca como primeiro post: “Já comecei atrasada...”
- Blá blá blá...
- ;o) Registra, vai. O nome é bom!
- Achou mesmo!?
- Ahã... Agora...
- Agora o quê?
- Só não é melhor do que Caixinha de Sabão! rsrs
- Grrrrr...
- Gruda mais! Se o problema é o sabão a gente pode mudar! Olha só, Caixinha de Algodão? Caixinha de Madeira? Caixinha de Balão? Caixinha de Entulho? Caixinha de Bagulho! Caixinha...
- Chega, chega, chega de caixinha!
- Já sei... Pipoca no dente. ;o)
- Eu não mereço... Ê lerê...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ela

Há tempos que eu queria te contar, mas não sabia como puxar o assunto com você. Sabe como é, não é o tipo de coisa que se revela assim, de sopetão. Tem que ter uma conversa. Até mesmo pra você entender os meus motivos. Eu te conheço... Antes mesmo de eu terminar vai estar com mil preconceitos na cabeça. Mas ok... Calma! Eu vou falar. Não estou te enrolando. Não vê que eu também estou tensa? É muito difícil estar aqui para te contar tudo. Mas agora que eu decidi fazer isso, vou levar até o fim.

Bem, humm... É o seguinte... A questão é que eu estou namorando escondido. Quer dizer, escondido está deixando de ser. Isso. Namorando. E não é de hoje. É... Totalmente em sigilo. Achei melhor deixar a relação ficar mais firme para poder te contar. Quer dizer, não só contar para você, mas como para todo mundo. Agora, é fato: você está sabendo em primeira mão. Lógico! Não iria aprontar essa com você.

Não me olha com essa cara... Eu achei até que você já desconfiava! Não? Pôxa... Não tem reparado que ando mais bonita, animada e de bem com a vida? Tá, eu sei que eu sempre fui tranqüila e risonha, mas essa sensação nunca foi tão presente dentro de mim. Se antes, ela me bastava. Atualmente, tem transbordado. Sobra... Entende? Já se sentiu assim? Pois deveria... O que interessa é que se eu ando melhor e mais feliz não é à toa. Pode ter certeza. Não é por causa do trabalho, da família ou dos amigos. Não mesmo... Tudo, aquele tudo que me importa no momento, é efeito exclusivamente dela.

Hã? O que foi? Por que o espanto? Huummm... Já sei, está estranhando o “ela”. Mas ok, já que vou contar sobre o namoro não tenho porque esconder o fator principal. O pronome pessoal está no feminino mesmo! Sem nenhum erro de digitação. Efeito exclusivamente DELA. Eu sei, é... inesperado! Até eu mesmo levei um bom tempo para me acostumar com a idéia. Não queria aceitar esse fato de jeito nenhum. Não mesmo! E resisti! Tentei não me envolver com ela. Eu juro! Mas foi meio que inevitável.

Ela estava na música que eu escutava, no poema que eu lia e, pior, no que eu escrevia também (quando começamos a escrever sobre o outro é que a coisa está ficando séria, pode ter certeza). Não saía do meu pensamento! Acordava com ela martelando dentro de mim e sonhava com suas frases. Tentei ignorar sua presença, quis sumir para não ter que encará-la, mas não teve muito jeito. Ela veio com força pra cima de mim. Me tomou de uma forma que só me restou... ceder.

Caramba... E quanto tempo eu levei para viver! É, viver! Esse é o verbo! É extremamente maravilhoso estar acompanhada de quem te faz bem e não o contrário. Você tem que experimentar algo assim. Não, não, chega de escolher errado! Hoje eu vejo o que estava perdendo! Não troco essa sensação boa e constante. De jeito nenhum! E na cama? Uau! Não sabia como ela poderia ter efeitos enlouquecedores debaixo dos lençóis. Ou em cima, ah, enfim, você entende o que eu quero dizer. Também não quero te deixar chocado com esses detalhes.

Não, não me olhe assim. Entenda! Você não pode estar comigo. Por mais que você tente, sempre acaba me faltando. Quantas vezes já te disse isso? Agora, já ela? Está do meu lado o tempo inteiro! Quer dizer, sempre que eu preciso, que no caso é o que importa, né? Não que esteja sempre ao meu favor, não mesmo, mas está lá... Para me dar atenção, para me dar alivio... Ou então sabe se afastar e dar tempo para o meu silêncio, quando necessário. Sei que ela quer o meu bem e por isso respeito sua presença. Eu sei, eu sinto, entende? E essa é toda a diferença. Eu não tenho dúvidas. Nada de insegurança.

Eu espero que compreenda e não brigue comigo. Eu estou feliz. É sério... Ceder, fazer as pazes com ela e também comigo, era tudo que eu precisava no momento. E é tanto amor, é tanta paixão que eu até brinco: “Ai ai Palavra, um dia ainda caso contigo”.

Tudo tem o seu primeiro post

O céu ainda anda escuro. Sem estrelas. O blog talvez não esteja em sua melhor forma, com a melhor foto ou cores. Layout inacabado, não dá pra negar, apesar dos cafés tomados.

O fato é que as madrugadas continuam. As crônicas, as poesias e os pensamentos tortos, inclusive! Sério, muito "tormento" para uma pessoa só (momento drama). Algo precisava ser feito, com urgência, para que eu não explodisse!;o) Definitivamente, seria algo desastroso...rs

Sendo assim, uma virginiana perfeccionista resolveu começar a postar, mesmo com o visual do blog pela metade. Tá na cara: para gerar um equilíbrio interno, antes de qualquer coisa. Não dá pra ficar esperando o melhor momento para começar algo. As coisas devem ser feitas e vividas de acordo com a vontade e ponto! Sem vírgulas. Às vezes a gente espera, espera, espera e acaba deixando o trem passar. Fica a ver navios, apenas. Ok, sem filosofias baratas e meios de transporte a uma hora dessa. Ainda tá cedo. Nem são 11 horas.

Enfim, pode chegar! Se sinta à vontade para discordar, rir, concordar, dizer que eu sou maluca por falar tal coisa, deixar um beijo, ou simplesmente fuxicar o que anda passando pela minha cabeça. Não tudo, lógico. Também não vou dar esse mole, oras...

Não prometo assuntos específicos, tipos de texto ou alguma ordem, seja ela cronológica, numeral ou esotérica (se é que isso existe). Só sei que a noite promete ser longa. Com toda certeza. Quem sabe, dessa maneira, um engenheiro à la webmaster se sinta sensibizado com a causa e termine colocando até cometas nessa escuridão. rsrs

E dá-lhe café, guaraná em pó, coca-cola e outras coisas do gênero. Com direito a pão de queijo, de vez em quando, para acompanhar e matar a fome. Ninguém é de ferro, né?

Beijos e seja bem-vindo!